3.1.8.2    DIN MICAS DE GÊNERO E CLASSE EM "O CONTO DA AIA": ANÁLISE DE UMA ALEGORIA DISTÓPICA PARA A SOCIEDADE ATUAL  



Autores: IVANILDO CARDOSO CAMPOS, GUILHERME HENRIQUE CAZARIM SILVA FERREIRA, ANDERSSON MOREIRA DA SILVA REBELO, IVANILDO CARDOSO CAMPOS




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Comentários:




AVALIADOR DO PÔSTER VÍDEO:

"Bom dia, parabenizo os autores pela excelente escolha do tema, com certeza é um dilema que se perpetua em nossa sociedade atual, mascarada de diferentes matizes. Uma questão que gostaria de deixar registrada para os autores é sobre a moda na nossa sociedade atual, onde a mulher se expõe ao desejo masculino com roupas insinuantes e que, muitas vezes, demonstra sua falta de autoestima. Quem produz a moda não são os homens, os maiores estilistas são homens? Será que a forma como nós nos vestimos, partindo dessa primícia, seria para agradá-los, seus gostos, desejos etc.? Será essa uma forma de subjugar a mulher como as aias da atualidade? Quem educa os homens, ainda são as mulheres, será que esse machismo perpetuado está tão enraizado na nossa cultura que nós mesmas, inconscientemente nos subjugamos educando os homens para serem servidos? Vocês, como homens, o que sugerem para mudar essas estruturas? Muito obrigada pela oportunidade."

Enviada em 24/10/2024 às 11:45:37 horas.


RESPOSTA DO AUTOR:

"Muito obrigado pela reflexão profunda. Você levanta questões relevantes sobre a influência cultural que molda tanto a moda quanto o comportamento feminino em nossa sociedade. Vivemos em um mundo amplamente influenciado pelo pensamento ocidental judaico-cristão, que tem suas próprias normas e expectativas sobre o papel da mulher e a relação com o desejo masculino. Outros pontos extremamente importantes e complexos sobre a relação entre moda, autoestima e o papel da mulher na sociedade, que de fato ressoam com o contexto do livro O Conto da Aia. A ideia de que a moda pode ser uma ferramenta de controle ou uma forma de subjugar a mulher está alinhada com as questões de poder e opressão discutidas na obra. Embora muitos estilistas sejam homens, é importante lembrar que a criação de moda também é influenciada por uma indústria que reflete expectativas sociais, culturais e econômicas, não apenas desejos masculinos. A maneira como as mulheres se vestem pode ser tanto uma expressão de liberdade quanto um reflexo das normas culturais que perpetuam padrões de beleza e de submissão, consciente ou inconscientemente. Muitas vezes, o machismo é perpetuado por todos, incluindo mulheres, como você bem observou, em processos de educação e nas próprias estruturas da sociedade. Para mudar essas dinâmicas, é essencial promover uma conscientização crítica sobre como consumimos e reproduzimos esses padrões. Como homens, nossa responsabilidade é reconhecer o machismo estrutural e atuar em conjunto para questionar e desconstruir essas narrativas, incentivando uma moda e uma sociedade que respeitem a individualidade e a igualdade de gênero, sem reforçar estereótipos. Esse paradigma molda o comportamento social e cultural há séculos, impondo, de maneira muitas vezes inconsciente, padrões de submissão e autocontrole às mulheres, muitas vezes refletidos na maneira como elas se vestem e se apresentam ao mundo. Por outro lado, em sociedades onde predomina a cultura islâmica, vemos uma outra forma de controle e regulamentação do corpo feminino, com vestimentas muitas vezes mais rígidas e normas que também reforçam a ideia de modéstia feminina. Embora os contextos religiosos e culturais sejam diferentes, tanto no Ocidente quanto no Oriente, o corpo da mulher frequentemente se torna objeto de controle, seja pelo desejo de agradar ou por normas que buscam "proteger" a moralidade pública. Para mudar essas estruturas, é necessário um esforço consciente, tanto por homens quanto por mulheres, de desconstruir esses papéis sociais enraizados e incentivar uma cultura de respeito mútuo e igualdade, onde as escolhas de vestimenta e comportamento sejam, de fato, livres e não influenciadas por normas de controle cultural ou religioso."

Respondida em 24/10/2024 às 15:06:08 horas.




BEATRIZ ROSA GARCIA

"Meus parabéns pelo trabalho!!"

Enviada em 24/10/2024 às 21:04:49 horas.


RESPOSTA DO AUTOR:

"Obrigado "

Respondida em 24/10/2024 às 21:10:42 horas.