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Engenharia Civil

4.2.4.8 "ANÁLISE DAS PROPRIEDADES DE REFORÇO DA FIBRA DE COCO EM COMPARAÇÃO COM A MACROFIBRA DE POLIPROPILENO EM MISTURA DE CONCRETO"

Autores: IVANILDO CARDOSO CAMPOS, GUILHERME HENRIQUE CAZARIM SILVA FERREIRA, EVERLEI CAMARA

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Comentários:

AVALIADOR DO PÔSTER VÍDEO:

"!"

Enviada em 25/10/2024 às 14:28:50 horas.

RESPOSTA DO AUTOR:

"Muito obrigado , sobre a sua questão: Não pensamos, mas no rio de janeiro na UFRJ e UFF ja li artigos sobre o uso EM PAVIMENTO INTERTRAVADO (PAVER) e em Blocos de concreto. Mas nos estudos viu que não chegou ao valor mínimo de norma, mas sua utilização seja possível em locais de baixas solicitações de esforços, como passagem exclusiva de pedestre. Outros formatos de blocos, como blocos com adição de diferentes fibras ou materiais reciclados, podem apresentar resultados variados dependendo das suas aplicações. Mesmo que o desempenho desses blocos, em termos de resistência à compressão, não atenda aos requisitos mínimos estabelecidos por normas como a NBR 9781 (ABNT, 2013), sua aplicação ainda pode ser viável em áreas de menores solicitações estruturais, como calçadas de pedestres ou passagens com tráfego leve."

Respondida em 24/10/2024 às 14:58:31 horas.

Luiz Felipe Barreto Laurindo

"Excelente trabalho! Outras fibras, como as derivadas de cana de açúcar, por exemplo, podem apresentar as mesmas vantagens que a fibra de coco?"

Enviada em 24/10/2024 às 14:20:13 horas.

RESPOSTA DO AUTOR:

"Olá Luiz obrigado pelo comentário. A respeito de sua duvida sobre as fibras derivadas de cana-de-açúcar. Até podem apresentar algumas das mesmas vantagens que a fibra de coco, mas com características e comportamentos específicos. Ambas as fibras são naturais e possuem boa resistência mecânica e durabilidade, o que contribui para melhorar a resistência do concreto, principalmente em termos de controle de fissuração e aumento de ductilidade. No entanto, o desempenho dessas fibras varia de acordo com suas propriedades físicas. A fibra de coco tende a ser mais resistente à degradação em ambientes alcalinos, como o concreto, e tem uma maior durabilidade em comparação com a fibra de cana-de-açúcar. A fibra de cana, por outro lado, possui uma menor rigidez e pode se decompor mais rapidamente, o que pode limitar sua eficácia em certos contextos. Ambas as fibras podem melhorar a resistência do concreto, mas as fibras de coco são geralmente mais eficazes a longo prazo devido à sua maior resistência à umidade e alcalinidade. Para definir qual fibra é mais vantajosa em cada caso, testes de resistência à compressão e durabilidade são recomendados para verificar como cada uma afeta o desempenho do concreto. Em geral para solucionar este problema, seria necessário um tratamento químico, mas ate onde o uso desta fibra seria sustentável ? Em nosso trabalho optamos por não recorrer a usar tratamento químicos afim de garantir maior sustentabilidade. O mesmo problema e o que termos em fibra de sisal, junta, linho e palmeiras. A única que foge deste aspecto seria a fibra de Bambu."

Respondida em 24/10/2024 às 14:59:52 horas.

SUELEN SORATO MENDES

"Parabéns pelo tema, Evanildo e grupo. O assunto é extremamente relevante. Não apenas na construção civil, mas de forma geral, a tendência atual é a busca por novos materiais. No caso do concreto, achei excelente a análise sobre a possibilidade de utilização de fibras de coco. Tenho uma curiosidade: existe algum relato na literatura sobre a faixa máxima de incorporação dessas fibras? Algum teste já foi realizado? E qual é o percentual de aumento na resistência à tração ou compressão que essa incorporação pode proporcionar?"

Enviada em 24/10/2024 às 09:34:36 horas.

RESPOSTA DO AUTOR:

"Obrigado professora, fico feliz com o seu comentário. Segundo a literatura, a incorporação de fibras ao concreto deve ser feita com equilíbrio, pois a quantidade e o tamanho das fibras influenciam diretamente nas propriedades mecânicas do material. Quantidades muito pequenas de fibras (abaixo de 2%) tendem a não proporcionar benefícios significativos, enquanto quantidades excessivas (acima de 5%) prejudicam a trabalhabilidade da mistura, além de poderem reduzir a resistência final devido à aglomeração de fibras na massa. A maioria dos estudos aponta que o intervalo de 2% a 5% de fibras tem proporcionado os melhores resultados em termos de resistência e trabalhabilidade. Mas o únicos trabalho que encontrei o máximo que foi incorporado foi de 10%. No entanto, um fator mais crítico do que a quantidade é o tamanho das fibras. Fibras muito longas (acima de 5 cm) dificultam o processo de mistura e tendem a se formar em tufos, prejudicando a distribuição uniforme no concreto. A literatura recomenda um comprimento entre 2,5 cm e 5 cm, que equilibra a facilidade de aplicação com o ganho em desempenho mecânico. Nosso trabalho foca nos testes de compressão e, com base em estudos anteriores, as proporções entre 2% e 5% de fibras parecem ser as mais adequadas, embora não haja um consenso absoluto sobre um limite máximo. A combinação entre quantidade e comprimento das fibras deve sempre ser ajustada para otimizar os resultados. Sobre o percentual de aumento na literatura afirma que em média é de 25 % de aumento podendo ter ganhos maiores. Ainda aguardamos os nossos resultados, mas optamos por 2 e 4%. Em breve publicaremos os resultados que obtemos e também fizemos teste de Determinação da resistência à tração por compressão diametral, visto que não temos tantas informações a resistência lateral. Novamente obrigado pela atenção."

Respondida em 24/10/2024 às 15:19:33 horas.