"Olá Maria Eduarda, queridíssima Prof. Angélica! Primeiro gostaria de parabenizá-las pelo trabalho, excelente temática! Diante disto, gostaria de fazer uma pergunta/reflexão, no vosso trabalho é falado que o juiz mais do que uma decisão racional, precisa decidir de forma humana, pois bem, vivemos em um tempo de grandes alterações sociais e, nem sempre, há imparcialidade por nossos julgadores. Por sua vez, a inteligência artificial aprende por algoritmos, de forma sucessiva e sempre crescente (inclusive tivemos casos de IA que evoluíram dentro de bases racistas), as IAs utilizadas por Tribunais, então, se desenvolveriam com base em sentenças, leis e documentos jurisdicionais e jurídicos diversos, será que ela conseguiria atuar como um apoio realmente imparcial nas decisões, já que teve como base de aprendizagem documentos nem sempre justos?"
Enviada em 30/10/2020 às 10:30:31 horas.
RESPOSTA DO AUTOR:
"Obrigada Prof. Juliana! Defendo a aplicação da IA como um apoio aos Magistrados, cito no trabalho alguns benefícios que ela pode contribuir, como a agilidade e precisão, mas sem qualquer atuação autônoma. Assim, ao meu ver, a IA não pode substituir de forma absoluta a atuação do juiz. Sua imparcialidade se dá na medida em que ela nos fornece resultados baseados em julgados e leis, mas sem cunho principiológico e humanitário. a IA nos dá uma sentença objetiva, muitas vezes até reiterada, ao contrário do juiz que além de aplicar a lei ao caso concreto, possui um cunho humanizado, sem afastar-se da imparcialidade."
Respondida em 30/10/2020 às 12:42:50 horas.