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Psicologia


3.1.7.7    VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: REFLEXÕES DE UMA PRÁTICA CONTEMPORÂNEA



Autores: ANA PAULA TEODORO DOS SANTOS, ANY LOUIZE AIRES, CAMILA BEATRIZ KLEIN, ELAINE CRISTINA MUSSI DE LIMA, PATRICIA CRISTINA NOVAKI AOYAMA




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Comentários:




AVALIADOR DO PÔSTER VÍDEO:

"Olá autores! Tema de grande relevância para a sociedade, muitas vezes velado. Parabéns pela excelente escolha do tema e exposição!"

Enviada em 30/10/2020 às 10:03:42 horas.


RESPOSTA DO AUTOR:

"Muito obrigada! A Violência Obstétrica é uma das varias formar de violências que a mulher está exposta, mas ela é pouco falada e pouco conhecida, desta forma ficamos muito felizes em poder abordar esse tema e trazer reflexões e discussões na comunidade científica com uma temática tão necessária e relevante."

Respondida em 30/10/2020 às 13:55:03 horas.




NIKITA DE FREITAS

"Muito relevante este tema! O parto é um momento importante da vida, em especial da pessoa que está vivendo o parto. Uma pergunta: vocês investigaram algo a respeito da violência obstétrica sofrida por mulheres negras e como esse marcador racial interfere no tratamento? Existem vários estereótipos a respeito da maior resistência a dor que a mulher negra possui, ou da maior capacidade de realizar o parto. Também há índices sobre a mortalidade infantil negra ser maior, em virtude tanto do menor cuidado profissional, quanto pela estrutura racial. Gostaria de saber se investigaram algo por este ângulo. Obrigada, e parabéns pelo trabalho!"

Enviada em 30/10/2020 às 13:57:19 horas.




ANY LOUIZE AIRES

"É muito gratificante fazer parte de uma pesquisa tão relevante. Parabéns!"

Enviada em 29/10/2020 às 20:01:44 horas.


RESPOSTA DO AUTOR:

"Esse estudo é o resultado de um trabalho em equipe muito bem orientado, é gratificante fazer parte desta pesquisa com um tema tão importante como esse. ;) Parabéns a nós!"

Respondida em 29/10/2020 às 20:18:39 horas.




Bianca de Carvalho Archillia

"Parabéns pela pesquisa e pela ótima exposição do tema. Concordo plenamente quando você ressalta a necessidade de se abordar mais esse assunto, tendo em vista que o desconhecimento gera a aceitação de práticas violentas pelas pacientes, justamente por não as reconhecerem como violentas. A diferença da posição de poder entre o(a) profissional e a paciente, gerada pela detenção do conhecimento especializado e científico, deve ser minimizada através da disseminação de conhecimento sobre essas práticas. Parabéns por contribuir com a sua pesquisa."

Enviada em 29/10/2020 às 16:08:27 horas.


RESPOSTA DO AUTOR:

"Olá Bianca, muito obrigada! É exatamente isso, muitas mulheres por não possuírem informações sobre o processo de parto, por não conhecerem sobre o que é a violência obstétrica e/ou pela hierarquização quanto aos profissionais, acreditam que práticas que são consideradas violências obstétricas são normais, comuns, rotineiras, protocolares, necessárias e por muitas vezes elas tendem a justificar essas práticas violentas, infelizmente isso acarreta no aumento de abusos sofridos e consequentemente na normatização de práticas que não deveriam ser normais. As mulheres só conseguem ser protagonistas em seu processo de parto, quando possuem o informações suficientes para que possam identificar a prática da violência obstétrica, só assim elas podem se posicionar exigindo direitos, respeito e autonomia para elas e para seus bebês. Desta forma é extremamente importante compartilharmos informações sobre o que é a violência obstétrica, de que forma que ela ocorre e como a mulher pode assegurar os seus direitos no processo de dar a luz."

Respondida em 29/10/2020 às 16:24:57 horas.




PATRICIA CRISTINA NOVAKI AOYAMA

"Parabéns meninas!! Orgulho do trabalho de vocês!!"

Enviada em 29/10/2020 às 14:35:55 horas.


RESPOSTA DO AUTOR:

"Muito obrigada Prof Patrícia. Pensamos que essa é uma grande oportunidade para transmitirmos o nosso carinho e gratidão a você, que além de transmitir seus conhecimentos, nos orientar por todo o caminho deste projeto e dar voz as nossas ideias, nos apoiou em todos os momentos de dificuldades, incertezas e angustias. Suas orientações foram muito importantes para a confecção deste trabalho, o qual é o resultado de um trabalho em equipe. "

Respondida em 29/10/2020 às 15:58:35 horas.




ELOISA POMPERMAYER RAMOS

"Nossa que trabalho necessário, não raro em conversa com mulheres ouvimos relatos de muitas que não tiveram sua escolha acerca do parto respeitadas, ou que sofreram violências verbais, e por vezes apesar de relatarem as mesmas não identificam o ocorrido como uma violência. Assim trabalhos como esse que explicitam e denunciam as práticas de violência obstétrica caracterizando a mesma são extremamente importantes para o rompimento com a violência e promoção de experiências saudáveis e que respeitem a parturiente e o bebê. Parabéns pelo trabalho!"

Enviada em 29/10/2020 às 12:11:12 horas.


RESPOSTA DO AUTOR:

"Obrigada Eloisa! Muitas mulheres por não possuírem informações referente ao processo de parto, por não conhecerem sobre violência obstétrica e/ou pela hierarquização quanto aos profissionais da área da saúde, acreditam que as intervenções que caracterizam a violência obstétrica são práticas normais, rotineiras, protocolares e necessárias, desta forma elas tendem a justificar essas práticas violentas, o que auxilia no aumento crescente de abusos sofridos e na normatização de práticas que não deveriam ser normais. As mulheres só conseguem ser protagonistas em seu parto, quando possuem conhecimento que lhes permitam identificar a prática da violência obstétrica e desta forma se posicionar exigindo seus direitos, respeito e autonomia, portanto é essencial transmitirmos esses conhecimentos e abordarmos sobre mais essa forma de violência que a mulher está exposta."

Respondida em 29/10/2020 às 12:31:28 horas.




ELAINE CRISTINA MUSSI DE LIMA

"Em nossas pesquisas, percebemos que os procedimentos desnecessários, são uma das formas de violência obstétrica mais recorrente."

Enviada em 29/10/2020 às 10:28:42 horas.


RESPOSTA DO AUTOR:

"Isso mesmo Elaine, essa é uma das formas de violência obstétrica relatada com bastante frequência. As práticas intervencionistas protocolares rotineiras sem real indicação (como a episiotomia, a manobra de Kristeller, a tricotomia e o uso da ocitocina, dentre outras) estão presentes diariamente nas salas de parto, onde as parturientes se encontram subjugadas frente a hierarquização da sua relação com o profissional da área da saúde, o qual é o detentor dos conhecimentos das práticas intervencionistas e ela se sente sem autonomia sobre si mesma, sobre seus direitos, suas vontades e desejos estando a mercê da boa vontade dos profissionais da área. Desta forma as parturientes são transformadas em propriedade institucional, pois ao entrar na instituição hospitalar são submetidas a uma linha de produção, onde estão expostas a padronizações assistenciais e no cumprimento de protocolos (que por vezes são procedimentos desnecessários ou sem real indicação), os quais ignoram a individualidade de cada mulher. "

Respondida em 29/10/2020 às 11:07:32 horas.




LETICIA DO NASCIMENTO GOBETTI

"Bom dia, Trabalho excelente!! Parabéns. Qual a violência que mais acontece?"

Enviada em 29/10/2020 às 08:47:11 horas.


RESPOSTA DO AUTOR:

"Bom dia Leticia! Muito obrigada. São várias as formas de violência obstétrica que a parturiente está exposta, as que são relatas com uma frequência maior são as agressões verbais ( xingamentos e/ou insultos, carregados de ameaças e repreensões, o que produz na mulher sentimentos de humilhação, vulnerabilidade e inferioridade), bem como a ausência de informações sobre os procedimentos, quando são impedidas de ter acompanhante no momento do parto e nas intervenções protocolares (episiotomia, manobra de Kristeller, tricotomia e uso de ocitocina) sem real indicação e desnecessárias. As praticas de violência obstétrica podem ocorrer de forma individual e simultaneamente, materializadas em diferentes tipos de condutas contidas na intervenções protocolares rotineiras."

Respondida em 29/10/2020 às 10:43:31 horas.