"Muito interessante. Parabéns.
A Música é arte
O Direito, uma prudência.
Aristóteles ensinou-nos que o princípio de existência da arte está no artista, não na coisa produzida.
A arte não se ocupa com as coisas que são ou se geram por necessidade. Nem com os seres naturais, que encontram em si mesmos seu princípio.
O Direito, ao contrário, é uma prudência. Não é ciência nem arte. É capacidade, acompanhada de razão, de agir na esfera do que é bom ou mau para o ser humano. Razão intuitiva que não discerne o exato, porém, o correto. Por isso, há sempre, no texto da Constituição e das leis, mais de uma solução correta a ser aplicada a cada caso, nenhuma exata.
Porém, como já dizia Jean Giraudox, “não há melhor maneira de exercitar a imaginação do que estudar direito, pois nenhum poeta jamais interpretou a natureza com tanta liberdade quanto um jurista interpreta a verdade”."
Enviada em 29/10/2020 às 23:56:59 horas.
RESPOSTA DO AUTOR:
"Excelentes palavras, Claudinei! Agradeço por comentar com tamanho apreço. Com suas palavras, me lembrei de uma clássica lição de Cícero, que Miguel Reale aproveita em "Lições Preliminares de Direito". Nesta lição, Cícero ensina que o jurista para conhecer o Direito, ele necessita anteriormente conhecer a natureza humana. A música, além de ter acompanhado a natureza humana e seu desenvolvimento desde os primórdios, fica responsável por exercitar uma parte desta natureza, o Belo. Com a noção de Belo enquanto potência da natureza humana manifesta na poetica musical, podemos interpretar com mais humanidade e imaginário o Direito.
Novamente, agradeço o comentário e desejo um ótimo congresso. "
Respondida em 30/10/2020 às 00:28:22 horas.