"Primeiramente, gostaria de parabenizar aos autores pelo trabalho extremamente relevante e pertinente, principalmente na atualidade que tem demonstrado suas intolerâncias a expressões fora da heteronormatividade. Sabemos que a arte Drag Queen é uma forma de expressão de ativismo que, além de ser uma performance subjetiva e singular do artista, também é uma arte transgressora mediante ao modelo hegemônico e heteronormativo do 'ser homem' na sociedade histórica e atual. O sofrimento e as dificuldades da personagem Dillah, nesse cenário, é discutido pela autora Judith Butler que, ao longo de suas obras demonstra que categorias de identidade como sexo e gênero são efeitos de instituições, práticas e discursos, e não de causas inatas ao ser humano. Sua visão subverte todas as práticas históricas de construção dos papéis sociais designadas, construídas e repassadas por grupos que estão no poder. A religião, independente de expressão, designa um modelo estrutural de vida ideal, sendo aqueles que não se enquadram, considerados abjeções, corpos impuros, entre outras diversas interpretações negativas. Hoje a arte Drag, tem sido muito performada através do humor, o que tem (re)significado novas práticas discursivas e transgressoras dentro dessa expressão artística como uma forma de afirmação da própria identidade subjetiva. Mesmo com esses pequenos avanços, gostaria de saber dos autores, como o preconceito, ou conceito religioso, tenta capturar essa forma de expressão de vida de modo a tentar invalidar a vida desses sujeitos. Abraços."
Enviada em 30/10/2020 às 11:33:26 horas.